De repente essa preguiça de mim
e da vontade
virou vontade de ter
vontade de você comigo.
31.7.12
27.7.12
Tava pensando nessa gente que mima a gente. Bom dia, minha princesa. Remete à infância. À mãe. Bom dia, minha princesa, dirmiu bem? Good night, my princess. É tanto carinho e mimo. Mas era sempre de mãe. Agora não. Tem mais alguém. Alguém cuja voz eu não conheço, mas que tem um sabor doce quando escreve princesa. Não sou de mimar ninguém, mas gosto de cultivar amizades. Adoro esses amores e gostares e entregas que são por pura empatia. Parece que são mais que os outros, né? Pode ser que não durem. Pode ser que não dure. Nem é pra durar. Não tem o que durar. É só um gostar por pura empatia. Amizades são assim, nascem e morrem onde o tempo não existe. Mas gosto de princesa. Apesar de aquele outro cantar You can't believe everything you see. You can't believe everything you hear. Eu não acredito, não deixo de acreditar. Só gosto.
25.7.12
Você falou demais e não de nós.
Reclamou da falta de tempo durante o tempo
que sobrou
Programou um futuro que nunca sequer
começou a construir
E não foi capaz de observar o que estava a
sua volta.
Falando das falhas alheias, falhou em suas
próprias falas.
Não prometeu, nem comprometeu.
Aliás, o que é compromisso pra quem não
sabe o valor da promessa?
10.09.2009
Ela foi dormir às duas e
lenvantou-se às dez.
Foi dormir às três e
levantou-se às onze.
Foi dormir às quatro e
levantou-se ao meio-dia.
Foi dormir às cinco e
levantou-se à uma.
Foi dormir às seis e
levantou-se às duas.
Por uma noite ela não dormiu.
Depois,
dormiu às sete e
levantou-se às três.
Dormiu às oito e
levantou-se às quatro.
Dormiu às nove e
levantou-se às cinco.
Dormiu às dez e
levantou-se às seis.
Dormiu às onze e
levantou-se às sete.
Agora,
mesmo sem sono, se deita à meia-noite;
mesmo com sono, se levanta às oito da manhã.
lenvantou-se às dez.
Foi dormir às três e
levantou-se às onze.
Foi dormir às quatro e
levantou-se ao meio-dia.
Foi dormir às cinco e
levantou-se à uma.
Foi dormir às seis e
levantou-se às duas.
Por uma noite ela não dormiu.
Depois,
dormiu às sete e
levantou-se às três.
Dormiu às oito e
levantou-se às quatro.
Dormiu às nove e
levantou-se às cinco.
Dormiu às dez e
levantou-se às seis.
Dormiu às onze e
levantou-se às sete.
Agora,
mesmo sem sono, se deita à meia-noite;
mesmo com sono, se levanta às oito da manhã.
19.7.12
Love Story
Foi um salto de para-quedas que deu errado.
Não morreu, só sentiu dor.
Mas faria tudo de novo.
Só pra voltar a sentir a liberdade batendo no rosto.
Não morreu, só sentiu dor.
Mas faria tudo de novo.
Só pra voltar a sentir a liberdade batendo no rosto.
13.7.12
Emily
Ah, Emily!...
você e seus versos
você e essas rimas
você que é a liberdade de
quem escreve pra ninguém
você que é fora do tempo
que é o meu nunca
você que é o pra sempre
dos meus agoras
você que nasceu
no tempo certo pra ser livre
pra escrever pra si
você que é a Poética do
Bandeira
que não conhece convenções
não tem parâmetros – pra que
parâmetros?! –
você e esses pontos tortos
essas vírgulas sem pausa
essas exclamações que
interrogam
(interrogam a si mesma
interrogam a mim
interrogam a Deus)
você que acredita tanto em
Deus
que durante seus poemas
expressou sabedoria
(de Deus
do que é eterno
do silenciar
do observar
do escrever o que se sente)
sabedoria do escrever o que
não se sabe
você, que é a simplicidade
do não saber
a humildade de ver o que é
complexo e não acreditar
e admirar
você que é pra si, sempre pra si –
você que é feita de poemas breves
feita de poucas linhas
que eu leio num segundo, e
me levam a refletir por dias, semanas
você que é a inspiração da
Regina
você que me ensinou a
escrever
– a negar o que escrevo
você que é mais realista que
os seus contemporâneos (e mais livre que os meus)
você que diz mais em três
versos do que eles em três livros
você que é meu espelho
você que como eu não é
ninguém
você, sim, você:
You didn’t live in vain.
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