Aquelas noites quentes de dezembro.
Aquelas viagens intermináveis.
Ah, como era boa a companhia dela!
Era boa porque era quase nunca;
porque não a conhecia.
Agora, gosto mesmo é da ausência.
Dessas tardes frias de julho sem ela.
Das noites quentes de dezembro sem ela.
Sinto às vezes saudade daquela que eu pensava conhecer.
Mas logo passa:
se a convivência traz desilusão,
traz também alívio.